O debate confuso e radicalizado sobre a proposta de "redução de risco" que surgiu na internet e motivou várias manifestações na imprensa e, agora um abaixo-assinado é grave. Trata-se de interferência de interesses ideológicos na decisão de uma agência financiadora, no caso a FAPESP e, de uma instituição de ensino, o Instituto de Psicologia da USP. O conceito de autonomia universitária se aplica a esse caso, muito mais do que tudo foi dito e reclamado recentemente. Repito, campanhas na impresa e abaixo-assinados representam interferência grave na autonomia do pesquisador. Quem não gostou da pesquisa que a "destrua" nas revistas científicas e faça outra contrariando a tese apresentada.
Qual serão os próximos passos: discutir tratamentos médicos em blogues e abaixo-assinados? Ou, talvez o critério de aprovação de alunos? Ou, melhor ainda, podemos transformar os concursos acadêmicos em disputa em blogues e abaixo-assinados.... Ah, também podemos agora, finalmente eleger quem entrará na universidade...chega de vestibular!
A revisão por pares de projetos de pesquisa e nos comitês de ética é forma estabelecida em todo o mundo para a decisão final. Não é perfeita, mas tal como a democracia é o melhor que temos.
Aviso sou favorável à proposta de redução de risco, em tese, mas não concordo com vários aspectos da política dos técnicos do Ministério da Saúde, mas isso é assunto para outro momento.
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Um comentário:
Também já tive projetos financiados pela Fapesp, mas no meu tempo um projeto só era reprovado e o financiamento suspenso por parecer de especialistas anônimos. Nunca por pressão do Jornal Nacional, muito menos por abaixo-assinado.
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