sábado, 12 de agosto de 2006

História: O mecenato científico de Guinle

A Revista de História da Biblioteca Nacional (ano 1, número 10; maio-junho 2006) publica o artigo "O mecenato da cura" de Gisele Sanglard. Revela a participação dos proprietários da Companhia Docas de Santos Cândido Graffrée e Eduardo P. Guinle (esse seguido pelo filho Guilherme Guinle) no apoio à assistência médica e à pesquisa biológica. O contato com Carlos Chagas e Miguel Ozório de Almeida foi fundamental para as doações para um centro de referência em sífilis e por manter a Revista Brasileira de Biologia por quase duas décadas. Até uma "verba Guinle" existiu para pagamento de horas-extras, reparo de aparelhagem e compra de livros no então Instituto Oswaldo Cruz.
Para quem conheceu a família Guinle nos anos 60 somente nas colunas sociais e de fofoca fica a esperança de mudança de conduto daqueles que preferem o exibicionismo ao trabalho coletivo. O mecenato científico pode voltar de forma inteligente na forma de bolsas para alunos pobres e talentosos e, nas "venture enterprises".
Em tempo, Gisele Sanglard é doutora em história das ciências em saúde pela FIOCRUZ.

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