Valor Econômico (24/08/06): EUA usam comércio para se proteger contra os genéricos.
O jornal publica reportagem onde mostra que o governo americano pressiona países em negociação comercial bilateral, a alterar a sua legislação com intuito de coibir a produção de genéricos. Países pequenos como Omã, Jordânia, Marrocos e Bahrein assinaram acordos que protegem a propriedade intelectual, ou seja as patentes, além dos prazos normalmente aceitos. Agora, a pressão volta-se contra a Malásia, Coréia do Sul e Tailândia. Nesse último país, o diretor da Organização Mundial de Saúde, crítico do acordo, foi transferido para outro país. A pressão está concentrada porque a rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio foi suspenso e, o período de fast-track do Congresso americano dado ao Executivo se encerra no próximo ano.
Obviamente, o problema mais grave é o do controle da aids no mundo todo. A política brasileira realizada desde o governo anterior e, mantida no atual, tem se mostrado bastante adequada, embora esteja sempre sendo desafiada pelas empresas farmacêuticas com interesse direto no produto.
Todos os relações públicas da indústria sempre afirmam que o custo de cada medicamento lançado beira os 800 milhões de dólares. Uma visão bem distinta pode ser lido em dois livros que já merecem versão em português:
(1) The $ 800 Million Pill. The Truth Behind the Cost of New Drugs de Merrill Goozner, Los Angeles, 2004: University of California Press;
(2) The Truth About the Drug Companies de Marcial Angell, New York, 2004: Random House.
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