Há um erro importante na discussão sobre o Avandia tem passado despercebido até por epidemiologistas envolvidos na questão de segurança de medicamento. Trata-se da afirmativa de que o risco da rosiglitazone seria pequeno em provocar um infarto do miocárdio. A nota das sociedades brasileiras repete o mesmo equívoco. A consultora do FDA exemplificou que se um diabético teria 1% de possibilidade de infarto do miocárdio em um determinado período de tempo, o uso do medicamento aumentaria para 1,4%. Isso seria o aumento estimado em 43% estimado na metanálise de Nissen. Nenhum reparo ao ao exemplo e ao cálculo. A discordância é conceitual.
O diabetes de tipo 2 é ao mesmo tempo uma doença com sintomas – bem menores do que aqueles decorrentes do tipo 1 – motivados pela glicemia elevada e ao mesmo tempo, um fator de risco cardiovascular, decorrente da aceleração da aterosclerose em diabéticos. Ainda não há comprovação de que reduzir a glicemia implica em reduzir o risco cardiovascular. Por outro lado, há vários estudos mostrando que reduzir radicalmente a pressão arterial e o nível de colesterol reduz em muito o risco de novos eventos cardiovasculares em diabéticos. Diabéticos têm um risco de morte cardiovascular 3 vezes maior do que um não diabético.
Isso posto, o objetivo principal no tratamento de um diabético tipo 2 é diminuir o risco cardiovascular, secundado por reduzir a glicemia. Por isso, não deve haver possibilidade de risco nenhum de infarto do miocárdio decorrente do uso de medicamentos para reduzir a glicemia em diabéticos. Pequena, média ou alta, o risco é indesejável e, condena o medicamento em definitivo.
O diabetes de tipo 2 é ao mesmo tempo uma doença com sintomas – bem menores do que aqueles decorrentes do tipo 1 – motivados pela glicemia elevada e ao mesmo tempo, um fator de risco cardiovascular, decorrente da aceleração da aterosclerose em diabéticos. Ainda não há comprovação de que reduzir a glicemia implica em reduzir o risco cardiovascular. Por outro lado, há vários estudos mostrando que reduzir radicalmente a pressão arterial e o nível de colesterol reduz em muito o risco de novos eventos cardiovasculares em diabéticos. Diabéticos têm um risco de morte cardiovascular 3 vezes maior do que um não diabético.
Isso posto, o objetivo principal no tratamento de um diabético tipo 2 é diminuir o risco cardiovascular, secundado por reduzir a glicemia. Por isso, não deve haver possibilidade de risco nenhum de infarto do miocárdio decorrente do uso de medicamentos para reduzir a glicemia em diabéticos. Pequena, média ou alta, o risco é indesejável e, condena o medicamento em definitivo.
Para compreender esse conceito há outro exemplo vindo do tratamento da aids cujos objetivos são exatamente opostos. Os medicamentos utilizados com o objetivo de impedir a replicação viral e a progressão da doença aumentam os níveis de colesterol e, com grande chance aumentam o risco de infarto do miocárdio. Nesse caso, o risco cardiovascular é secundário a um objetivo maior, o de evitar a replicação do HIV. Em outras palavras, trocaria a morte certa pela aids, por um infarto do miocárdio, tratável na maioria dos casos.
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