segunda-feira, 7 de maio de 2007

As dependências precisam entrar na agenda da saúde pública

O caderno de resenhas do The New York Times (06/05/07) publicou lado a lado, a crítica a dois livros que retratam a história de duas adições específicas: o tabaco e o álcool. O tabagismo é um fato do século XX que com grande chance se encerrará no século XXI. O álcool começou com a agricultura e a fermentação. A embriagues é descrita na Bíblia. Pior, o álcool utilizado de forma moderada - seja lá o que isso significa - reduz o risco de doença cardiovascular. O ponto alto das resenhas é que jornalistas convidados são dependentes tanto do cigarro como do álcool. Os textos tornam-se atrativos.
Tudo isso para lembrar que está na hora de discutirmos com mais seriadade a questão da dependência do ser humano a substância ou mesmo comportamentos. Precisamos tirar essa questão da área policial e religiosa como vem sendo tratada. Além do tabaco, do álcool das chamadas drogas ilegais, há necessidade de avaliar a adição a benzodiazepínicos e comportamentos compulsivos como comer em excesso e participar de jogos de azar.
Esse tema deve ser da saúde pública e, não mais uma reserva de mercado de psiquiatras.
Em tempo, os livros citados são:
The Cigarette Century:The Rise, Fall, and Deadly Persistence of the Product that Defined America.
Allan M Brandt,
600 pp Basic Books, $¨36
The Joy of Drinking
Barbara Holland
150 pp Bloomsburry, $14.45

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