terça-feira, 7 de novembro de 2006

Eleiçõs legislativas americanas: impacto no complexo médico-industrial.

Muitos brasileiros pensam que o Estado americano é gerido tal como o brasileiro e, outros da América Latina, desde o palácio presidencial. O Presidente americano tem enormes poderes na política externa, mas na definição de prioridades interna, os Estados Unidos são uma república parlamentarista. O Presidente da Câmara, denominado speaker, é quase um primeiro-ministro que não opina sobre política externa, porém as principais leis e, o orçamento dependem muito dele e da maioria na Câmara. Desde 1994, o comando do legislativo é do Partido Republicano. Segundo Marcia Angell, ex-editora do The New England Journal of Medicine, em entrevista na Globo News para Lucas Mendes (junho/06), o domínio da Big Pharma sobre os parlamentares republicanos é total. No momento, perdem somente para o lobby petrolífero.
O enfraquecimento do Food and Drug Administration foi um dos objetivos alcançados pelo Big Pharma. Outro foi empurrar a lei de patentes goela abaixo de países endivididados nos anos 90. Uma das leis mais curiosas aprovadas por proposição da maioria republicana foi que o Medicare, órgão do governo que paga o atendimento ao idoso, não pode fazer licitação concorrencial para compras de medicamentos!!! . Obviamente, como já aqui apresentado, a Big Pharma é o maior financiador do Partido Republicano.
Vamos ver os resultados e, as consequencias de um provável vitória do Partido Democrata. Sob alguns aspectos, essas eleições definem mais o rumo do complexo médico-industrial no Brasil do que a de 01 de outubro. Ser patriota, não elimina o pragmatismo.

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