The New England Journal of Medicine (06/10/06) publica dois artigos originais, uma revisão e editorial sobre antiangiogênese para tratar (de fato, reduzir a evolução) a degeneração macular. A degeneração macular não é ainda a principal causa de cegueira (no Brasil, ainda a catarata; nos Estados Unidos, o diabetes), porém em poucas décadas será a causa número um porque a melhoria do tratamento do diabetes e, o aumento da sobrevida em geral aumentarão o número de idosos propensos a desenvolver a degeneração macular e, evoluir para cegueira. O único fator de risco para a degeneração macular é o tabagismo, mesmo assim ele explica muito pouco, afinal a doença já era conhecida no século XIX. O tratamento está vindo de medicamentos que “curariam o câncer”, os antioangiogêncios, como ranibizumab e o bevacizumab. Os primeiros ensaios clínicos foram “excitantes”. Vamos aguardar o que virá, porque se confirmar esses resultados a longo prazo com pouco risco haverá um tratamento efetivo para a doença. A história é interessante porque uma das maiores barrigas do "jornalismo médico" foi em 1998 quando Gina Kolata publicou no The New York Times que o câncer estaria curado em 2 anos com o advento da antiangiogênese. Até agora, o impacto dessa classe é quase nenhum, mas a perspectiva para o tratamento da degeneração macular tornará essa classe comercialmente muito, mas muito mais interessante. Todos os textos estão acessíveis somente para os assinantes da revista ou para quem tiver acesso aos periódicos CAPES. Acima, foto mostrando fotografia da degeneração macular em homem de 93 anos publicada no NEJM.
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