domingo, 28 de outubro de 2007

Raça, gênero e doença cerebrovascular

Abaixo, resumo do artigo original Raça, Gênero e Mortalidade por Subtipo de Doença Cerebrovascular em São Paulo, Brasil publicado no Arquivos de Neuro Psiquiatria, de autoria de Paulo A Lotufo, Alessandra C Goulart e Isabela M Bensenor. O texto completo em inglês pode ser lido na base scielo. (clique aqui)

As taxas de mortalidade pela doença cerebrovascular apresentam distribuição diferenciada de acordo com variáveis socioeconômicas. Informação sobre raça é nova no sistema de informação de mortalidade do Ministério da Saúde. Na cidade de São Paulo foi verificada entre três categoria de raça – branca, parda e negra – a taxa específica de mortalidade nos anos de 1999-2001 para pessoas entre 30 e 79 anos. Para o conjunto das doenças cerebrovasculares as taxas de mortalidade ajustadas para idade (x 100.000) para homens foram maiores entre os negros (150,2), intermediária para os pardos (124,2) e menor para brancos (104,5). Esse gradiente foi o mesmo para todos os subtipos, excluindo a hemorragia subaracnoídea. Para as mulheres, as taxas foram menores quando comparada aos homens e, o mesmo padrão foi observado para negras (125,4), pardas (88,5) e brancas (64,1). A razão de risco para homens negros quando comparado aos brancos foi 1.4, mas entre as mulheres negras e as brancas foi o dobro. Concluindo, houve um gradiente significativo da mortalidade cerebrovascular de acordo com raça, principalmente entre mulheres.
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