sábado, 31 de maio de 2008

Uma semana fora e, um assassino preso e outro solto.

Estive em várias atividades e compromissos na semana que se encerra. Dois eventos quase ao mesmo tempo em Brasília, mostrando que o Ministério da Saúde assume cada vez mais a direção da pesquisa e da educação na área.
No entanto, o motivo desse post é fazer eco com aqueles que querem punições severas aos crimes de trânsito. Além da lamentável morte de Rodrigo, o episódio provocou suspensão de cirurgias no Hospital, danos materiais a outro motorista etc etc. Um criminoso foi preso, mas outro está à solta à espreita para um novo assasinato...... A grande imprensa paulista não deu a mínima para o ocorrido
Meus cumprimentos às equipes de resgate, da PM e, obviamente a equipe do pronto-socorro do HU.
Jovem é preso por morte de analista durante racha
Plantão Publicada em 31/05/2008 às 10h24mAiuri Rebello, Diário de S. Paulo
SÃO PAULO - O autônomo Thiago da Matta Rossi Faria, de 25 anos, foi preso em flagrante quando estava em observação no pronto-socorro do Hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo, na tarde de quarta-feira, após se envolver em um acidente de trânsito que resultou na morte do analista de sistemas Rodrigo Neves de Melo, de 25 anos, naquela manhã. Faria é acusado de ter causado o acidente durante um racha. A defesa do rapaz nega.
Por volta das 6h30 de quarta, Faria guiava um Subaru Impreza prateado em alta velocidade, na contramão da Rua Dr. Luiz Migliano, no Morumbi, na zona sul. De acordo com quatro testemunhas que estavam no local, ele vinha em alta velocidade (acima dos 120 quilômetros por hora) e apostava racha com um Audi preto. A via é estreita e de mão dupla. O limite de velocidade no local é de 30 km/h. Por cerca de 700 metros, os dois carros teriam ficado várias vezes emparelhados, em uma disputa acirrada.
Na altura da esquina com a Rua Dr. José de Andrade Figueira, em um trecho de ladeira, o Audi bateu na traseira no Subaru (que o havia fechado), perdeu o controle e se chocou violentamente de lado em um Palio que subia a rua, guiado por Rodrigo Neves de Melo. Com o impacto, o Palio foi prensado contra um furgão que vinha atrás dele. O Subaru ainda rodopiou e se chocou contra um muro em frente ao local, destruindo-o. O motorista do Audi fugiu. Nenhuma testemunha anotou a placa.
O analista de sistemas foi levado pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar, para o Hospital Universitário da USP, na zona oeste. Ele morreu horas depois, por volta das 11h30, de politraumatismo. Melo estava indo para o trabalho.
De acordo com a vigilante Michele dos Santos, de 23 anos, que trabalha próximo ao local do acidente, chamava a atenção o ronco dos motores dos dois carros importados. Ela ficou com medo até que eles perdessem o controle dos veículos e batessem na cabine onde ela estava. Os carros estariam "rachando" de forma evidente.
Faria foi levado pelo Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o hospital particular Albert Einstein. Baseado nos depoimentos das testemunhas, o delegado Walter Ferrari foi ao hospital e prendeu em flagrante por homicídio doloso (com intenção). Além disso, no veículo do jovem foi encontrada uma pequena quantidade de maconha.
- Quando a pessoa assume riscos, como tirar racha, e coloca a vida dos outros em perigo conscientemente, pode ser presa e acusada de ter praticado o crime de propósito - disse o delegado-assistente do 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi), Celso Lahoz Garcia. Faria está preso no Centro de Detenção Provisória de Osasco, em cela comum.
O advogado Maurício Ozi, que defende Faria, diz que seu cliente não participava de racha. Segundo ele, o jovem estaria sendo perseguido pelo Audi preto, daí a alta velocidade. De acordo com o advogado, Faria foi abordado pelo carona do Audi em um semáforo, um quarteirões antes do local do acidente. Esse outro motorista carregaria um revólver na mão e teria anunciado o assalto, de dentro do carro.
- A rua é de mão dupla, estreita e cheia de lombadas. Se fosse um racha, não seria num local tão inadequado - argumenta Ozi.
Sobre a droga, o defensor diz que seu cliente não sabe como o material foi parar no carro, e que alguém deve ter colocado o entorpecente ali. Faria estaria voltando para casa, após passar a noite em seu escritório
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Um comentário:

Edson disse...

Ola meu nome é Edson, eu conhecia muito bem o Rodrigo, estudávamos desde 1º ano da faculdade juntos na faculdade, esse era o ultimo ano, estávamos no mesmo grupo do TCC, e ele estava cheio de planos, e na verdade o nome dele é Rodrigo Nunes de Melo e jornal "diário de São Paulo" deve ter errado.
Esse acontecimento foi uma terrível tragédia, um dia anterior estávamos conversamos na sala sobre como estaríamos daqui 10 anos, e o Roco (chamávamos assim por causa da sua voz roca) falou sobre o casamento, filhos, ter seu próprio negocio, e quando recebi a noticia que ele havia falecido é como se eu estivesse tento um pesadelo, não queria acreditar na noticia, ontem mesmo estávamos falando com ele. Liguei no celular com a esperança que ele atendesse, mas ninguém atendia. Liguei para o Cunhado dele que me confirmou a horrível noticia que o Roço havia falecido.
A revolta aumentou mais ainda mais quando soube que ele não tinha culpa nenhuma do acidente, foi uma vitima de mais um playboy que não tem limites, e coloca a vida de terceiros em risco só para se divertir, a pergunta agora é será que vai ter justiça? Ou o dinheiro vai falar mais auto?
Quando estou na sala de aula tenho a impressão que o Roço vai abrir a porta e entrar na sala como fazia todos os dias..