sábado, 1 de março de 2008

Estatísticas de saúde implica imprensa livre e autonomia universitária.

Abaixo, segue reportagem do Estadão sobre a mortalidade por dengue questionando os númeroso do Ministério da Saúde.
Passou despercebido, em pleno Carnaval, mas a Folha de S.Paulo questionou os dados de mortes violentas não especificadas. Não vou entrar na discussão, que não cabe a um blog. Talvez, um texto em "Clínica & Epidemiologia".
Utilizei esse exemplo, mas mostrar que comparar estatísticas entre países implica identificar a existência de liberdade de imprensa, autonomia universitária e ministério público atuante. O restante pode ser, e com grande chance, manipulação de dados. Vide o horror da saúde pública na ex-URSS.
Em 2 anos, dengue matou 45% mais do que o divulgado
Por Fabiane Leite, no Estadão:A dengue no Brasil tem matado muito mais do que mostram os relatórios divulgados pelo Ministério da Saúde e governos estaduais e municipais. O número real de mortes pela doença em 2006 e 2007 - 326 óbitos - é 45% maior do que os 225 óbitos informados nos últimos dois anos em boletins sobre situação epidemiológica da dengue, revelam novos dados da pasta.O ministério, assim como governos estaduais e municipais, só inclui nos relatórios divulgados para o público as mortes por dengue hemorrágica e não informa os óbitos pelas outras formas de manifestação da doença, que também podem matar: a dengue clássica e a dengue com complicações, classificações definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).Segundo a pasta, a própria OMS trabalha apenas com a divulgação das mortes hemorrágicas, para facilitar a comparação entre os países. A adição dos dados de mortes por outras formas da doença é o que eleva as já significativas estatísticas da dengue no País - no ano passado, o Brasil registrou epidemias em cinco Estados, com mais de 500 mil casos suspeitos e aumento do número de mortes por dengue hemorrágica. Em 2008, já houve diminuição da incidência da doença em 40%, informou o ministério.

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