Para quem considera que o jornalismo chegou ao fundo do poço com o livro publicado sobre o "caso Eloá"; e, para quem acha que se passou da conta no "caso Isabela Nardoni"; e, finalmente para aqueles que qualquer notícia sobre o caso "ex-qualquer coisa de Suzana Vieira" foi o limite do suportável, aguardem o pior.
Na área médica e científica, a situação caminha para a consagração de celebridades, sejam pessoas físicas ou jurídicas. Quem leu ministro afirmar que o centro de gravidade da ciência e tecnologia se moveu para hospitais privados sente o despautério. Quem viu presidente, ministros, governador e prefeito paparicando um centro de cardiologia de hospital privado sentiu a barra. Quem vê pesquisador mais interessado em aparecer em coluna social a publicar um artigo científico e, depois reclamar de bancas de julgamento sabe do que se trata. Quem lê blogue de cientista prometendo a cura dos males da humanidade também entende o problema sério com o qual nos deparamos.
Em breve, teremos o Datena criticando a escolha de projetos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, a Hebe Camargo indicando o seu candidato preferido para professor titular e, por aí caminharemos.
Ao invés, de estudar para um concurso acadêmico, o candidato será entrevistado no Jô Soares e, utilizará esse fato como ponto alto de seu currículo acadêmico.
Ao CAPES, sugiro que novos critérios sejam estabelecidos como menção em coluna social. A única dúvida: menção em Mônica Bérgamo (Folha) ou Sônia Racy (Estadão) devem ser consideradas ambas como Qualis A? Citação na Vejinha seria Qualis B, porque regional, mas em Veja, seria Qualis A, correto?
Ao CNPq e à FAPESP sugiro que pagamento de assessoria de imprensa (serviços de pessoa jurídica) seja permitido na solicitação de qualquer projeto, afinal não é justo que somente quem tem cônjuge rico possa ter seu esquema de promoção.
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