Morreu Oswaldo Paulo Forattini, um dos mais brilhantes intelectuais da saúde pública. Avesso a participação política ou corporativa, atuou como pesquisador, docente e pensador de forma inflexível. O adjetivo severo parece que foi criado para ele. Tive a honra em 1989 em assistir a um dos seus cursos de pós-graduação, onde a quantidade de conceitos discutidos era tal, que nos motivava a estudar e aprofundar os assuntos muito mais do que o solicitado. Há poucos como ele, que afirmava que "vivia para a ciência". Abaixo, o obituário do Boletim Fapesp
Forattini, ex-diretor da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, faleceu na madrugada de sábado (15/9), vítima de insuficiência respiratória. Tinha 83 anos. Epidemiologista reconhecido internacionalmente, foi pioneiro na produção de metodologias de coleta e de identificação de vetores de agentes etiológicos de doenças como dengue, febre amarela, doença de Chagas, encefalite e malária.
Foi fundador da Revista de Saúde Pública e editor da Editora da USP. Entre os prêmios que recebeu estão a Medalha do Centenário do Instituto Oswaldo Cruz, o John Belkin Memorial Award e o Prêmio Jabuti de 1996, pelo livro Culicidologia Médica vol.1 1996.
Formado em 1949 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obteve em 1954 o título de livre-docente junto à Cadeira de Parasitologia da FSP. A carreira de pesquisador começou antes mesmo de terminar o curso de medicina, com a publicação de seu primeiro artigo em 1946.
Na extensa relação de contribuições científicas deixada por Forattini, observa-se forte tendência aos estudos biológicos e ecológicos de artrópodes de interesse médico. Sempre imprimiu a esses trabalhos um sentido dinâmico ao estudo da epidemiologia das doenças endêmicas, identificando relações entre homem-ambiente-artrópode.
Entre as doenças estudadas pelo professor Forattini destacam-se a leishmaniose, a febre amarela, a malária, a tripanossomíase americana e a encefalite por vírus, cujos resultados das pesquisas realizadas e publicadas foram importantes na determinação das principais modalidades de transmissão dessas parasitoses.
Foi fundador da Revista de Saúde Pública e editor da Editora da USP. Entre os prêmios que recebeu estão a Medalha do Centenário do Instituto Oswaldo Cruz, o John Belkin Memorial Award e o Prêmio Jabuti de 1996, pelo livro Culicidologia Médica vol.1 1996.
Formado em 1949 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obteve em 1954 o título de livre-docente junto à Cadeira de Parasitologia da FSP. A carreira de pesquisador começou antes mesmo de terminar o curso de medicina, com a publicação de seu primeiro artigo em 1946.
Na extensa relação de contribuições científicas deixada por Forattini, observa-se forte tendência aos estudos biológicos e ecológicos de artrópodes de interesse médico. Sempre imprimiu a esses trabalhos um sentido dinâmico ao estudo da epidemiologia das doenças endêmicas, identificando relações entre homem-ambiente-artrópode.
Entre as doenças estudadas pelo professor Forattini destacam-se a leishmaniose, a febre amarela, a malária, a tripanossomíase americana e a encefalite por vírus, cujos resultados das pesquisas realizadas e publicadas foram importantes na determinação das principais modalidades de transmissão dessas parasitoses.
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