sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Um acordo de US$ meio bilhão por marketing ilegal

The Boston Globe relata o acordo da subsidiária da Bristol-Myers Squibb pela prática ilegal de comercialização e divulgação de medicamento antipsicótico em crianças e para demência cuja indicação não fora aprovada . Outra ilegalidade - somente nos EUA - é a prática de convenções em resorts com médicos para promover o medicamento.
By Jonathan Saltzman, Globe Staff
Bristol-Myers Squibb Company and its subsidiary, Apothecon, have agreed to pay more than $515 million to settle a broad array of federal and state civil allegations involving their drug marketing and pricing practices, US Attorney Michael J. Sullivan said today. The government alleged that from 2000 to mid-2003, BMS paid illegal remuneration to physicians and other healthcare providers to get them to promote BMS drugs. The payments were in the form of consulting fees and other programs, some of which involved travel to luxurious resorts. The prosecutors also said that from 2002 through 2005 BMC promoted the sale and use of Abilify, an atypical antipsychotic drug, for pediatric use and to treat dementia-related psychosis, both of which were "off-label'' uses. The US Food and Drug Administration has approved the drug to treat adult psychiatric disorders but not for use in children, teenagers, or for dementia-related illnesses. Doctors are allowed to prescribe drugs "off-label,'' but companies are not allowed to promote drugs for those uses. Sullivan said his office is not bringing criminal charges and that the company cooperated with the investigation, which was prompted by information from whistleblowers. In a statement posted on its website, the company said the settlement agreement will not affect the company's ongoing business with any customers, including the government. "Bristol-Myers Squibb is pleased to have resolved these matters from the past and is proud of its commitment to conduct business with the highest standards of integrity in its mission to extend and enhance human life,'' the company said.
Posted by the Boston Globe City & Region Desk at
04:30 PM

Novamente, despreocupação com a segurança de ensaios clínicos

The New York Times (acesso livre) revela que investigação federal nos EUA mostrou novamente que o FDA, a agência reguladora de medicamentos, é leniente no acompanhamento de ensaios clínicos. Abaixo, trecho da reportagem.
The F.D.A. has 200 inspectors, some of whom audit clinical trials part time, to police an estimated 350,000 testing sites. Even when those inspectors found serious problems in human trials, top drug officials in Washington downgraded their findings 68 percent of the time, the report found. Among the remaining cases, the agency almost never followed up with inspections to determine whether the corrective actions that the agency demanded had occurred, the report found.
“In many ways, rats and mice get greater protection as research subjects in the United States than do humans,” said Arthur L. Caplan, chairman of the department of medical ethics at the
University of Pennsylvania.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Finalmente, preocupação com a segurança de medicamentos

Hoje, será anunciado por sete integrantes da Big Pharma e universidades, o International Serious Adverse Events Consortium.Nesse ato serão lançados dois projetos de pesquisas relacionados a reações dramáticas associadas a medicamentos.
A primeira é a síndrome de Stevens-Johnson que quando deflagrada por medicamentos leva a situação grave semelhante a queimadura.
A segunda são as lesões hepáticas também graves associada a fármacos. Ambas situações são de certa forma imprevisíveis.
A proposta desse consórcio é o primeiro passo em aumentar o investimento e pesquisa na segurança do uso de medicamento. Que venham novas iniciativas iguais a essa.

Um personagem histórico pouco reconhecido: Yersinia pestis

The New England Journal of Medicine publica hoje, resenha de três livros que discutem a participação histórica do agente ao lado na foto: Yersinia pestis. Agente da peste negra que alterou ou influenciou decisivamente vários momentos da história humana.
Abaixo, um sumário dos três livros.
Justinian's Flea: Plague, Empire, and the Birth of EuropeBy William Rosen. 367 pp., illustrated. New York, Viking, 2007. $27.95. ISBN 978-0-670-03855-8.

Plague and the End of Antiquity: The Pandemic of 541–750Edited by Lester K. Little. 360 pp. New York, Cambridge University Press, 2007. $75. ISBN 978-0-521-84639-4.
The interval between the 4th and the 8th centuries saw the decline of the Roman Empire, the rise of Christianity, the beginning of the Dark Ages in Western Europe, the spread of Islam, and the establishment of the Caliphate. These events echo through time to today, but few people are aware of an important link connecting all these events
Plague Ports: The Global Urban Impact of Bubonic Plague, 1894–1901By Myron Echenberg. 349 pp., illustrated. New York, New York University Press, 2007. $48. ISBN 978-0-8147-2232-9.
When in his medieval masterpiece, The Decameron, Boccaccio pointed his finger at the infidel East as the cause of the "unpleasantness" that sent his storytellers wandering, he expressed the relentlessly popular explanation that epidemic catastrophes were caused by a corrupt "other." The consequence of this unyielding human prejudice has been unthinkable havoc and injustice imposed on scapegoated populations since antiquity. This was never more brutally the case than during visitations of the disease that defined the term pestilence and was the subject of Boccaccio's epic: bubonic plague.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

As vitaminas e a imprensa:finalmente um pouco de crítica.

Apesar dos inúmeros ensaios clínicos mostrando que a reposição vitamínica não tem impacto na prevenção da doença cardiovascular e do câncer, servindo unicamente para casos específicos associados a doenças, a venda de vitaminas é enorme no mundo inteiro. Representa o ítem mais rentável da indústria farmacêutica. Hoje, divulgou-se pesquisa sobre o consumo de alimentos com destaque em vários jornais. Destaco a Folha de S. Paulo. Na contra-mão das reportagens bajulatórias sempre existentes, a reportagem identificou que a pesquisa foi financiada por um laboratório com interesse em vender vitaminas logo na capa da edição. Depois, discutiu a questão do conflito de interesse na página onde apresentou os dados. Finalmente, chegamos ao estágio já existente na imprensa americana, onde o jornalista não somente divulga, como também investiga a origem da informação.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Plos Medicine: raça e "fantasmas".

O Plos Medicine mais recente apresenta artigos do mais alto interesse. A questão da raça na medicina e os "fantasmas" que assombram a literatura médica. Leia abaixo na íntegra clicando nos links.
Editorial
Defining Human Differences in BiomedicineMaggie Brown and The PLoS Medicine EditorsFull-text Screen PDF (61K)
Essays
Racial Categories in Medical Practice: How Useful Are They?Lundy Braun, Anne Fausto-Sterling, Duana Fullwiley, Evelynn M. Hammonds, Alondra Nelson, William Quivers, Susan M. Reverby, and Alexandra E. ShieldsFull-text Screen PDF (87K)
Ghost Management: How Much of the Medical Literature Is Shaped Behind the Scenes by the Pharmaceutical Industry?Sergio SismondoFull-text Screen PDF (109K)
Perspectives
Racial Categories in Medicine: A Failure of Evidence-Based Practice?George T. H. Ellison, Andrew Smart, Richard Tutton, Simon M. Outram, Richard Ashcroft, and Paul MartinFull-text Screen PDF (67K)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Horário de Verão: desrespeito aos trabalhadores e crianças

Hugo Chaves, presidente da Venezuela, fala de mais. Mas, toma algumas atitudes interessantes. Destaco ter obrigado a PDVSA se imiscuir na assistência médica, um ganho maior do que a Petrobrás patrocinando o Flamengo. Agora ele foi ridicularizado por ter alterado o fuso horário do país, unificando-o e, mantendo uma diferença de meia hora, o que é estranho. Porém, o argumento foi de que as crianças precisam ir para escola na luz do sol.

Aqui, todo ano, tal como aconteceu hoje, a imprensa reproduz uma nota padrão da Eletrobrás ou sucedânea afirmando que haverá uma maravilhosa economia de energia equivalente a Brasília, Goiânia, etc etc. O horário de verão é a alegria das cervejeiras que assim podem vender mais no final da tarde.

Para quem acorda cedo, como eu, hoje às 5:40 já estava claro em São Paulo. Os trabalhadores de periferia já podem ir para o emprego na luz do dia e, as crianças vão para escola em condições melhore

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Acesso Universal: eleitores democratas e republicanos pensam diferente

The Wall Street Journal publicou pesquisa sobre a questão importantíssima da cobertura universal à atenção médica no país.
Americans Want Leaders to AddressCoverage for Uninsured, Poll Shows
By BECKEY BRIGHTSeptember 19, 2007
A new poll shows providing health-insurance coverage for more Americans is a top priority for U.S. adults and a majority believe it is the government's duty to ensure all Americans have adequate coverage.
The Wall Street Journal Online/Harris Interactive health-care poll, conducted Sept. 10-12, asked how much Americans trust policy makers to come up with good policies for improving and reforming U.S. health care.
Overall, the Democrats are more trusted than the Republicans (39% vs. 26%), the poll shows, but both parties as well as all of the leading 2008 presidential candidates included in the survey have seen a decline in the public's trust since February 2007.
However, Sen. Hillary Clinton is both the most trusted and the least trusted of the candidates, according to the poll. Four in ten adults say they would trust her, but another one-third say they would not trust her at all to make good policies when it comes to health-care. (The poll was conducted before Sen. Clinton announced on Sept. 17 her plans to guarantee health coverage for all Americans.) Across party lines, there is widely held belief that the U.S. health-care system works better for the very poor and the wealthy than it does for the middle class. (A Harris poll conducted Sept. 7-10 showed health care second only to the war in Iraq as the most important issue Americans want the government to address.) For most U.S. adults, the top health-related issue they would like to see the presidential candidates address is providing coverage for the uninsured. This is the top issue for Democrats and Independents, while Republicans feel containing medical care costs is the No. 1 priority. In addition, the poll shows 82% of Democrats agree with the notion that it is the government's duty to ensure health-care coverage for Americans, compared with 66% of Independents and 47% of Republicans. Sixty-nine percent of Democrats and 55% of Republicans believe the U.S. health-care system could be improved by creating an insurance program that isn't linked to individuals' employers. Only 6% of those polled disagree strongly with that proposal, while 21% said they aren't sure.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Gary Taubes, a volta do velho polemista.

O The New York Times publicou artigo de um brilhante polemista, Gary Taubes, sobre as assim chamadas "verdades" da medicina e da saúde pública. Ele estava sumido, agora volta a toda "pegando no pé" da questão da reposição hormonal, ou seja a difícil questão entre estudos observacionais e ensaios clínicos. O texto é longo e está com acesso livre (clique aqui). A procura por temas médicos e de saúde pública se avolumou com a permissão da propaganda de medicamentos na mídia americana que mudou o rumo editorial para essa temática. Taubes procura sempre resposta. Pena que se dirija a pesquisadores. Cientistas não têm respostas, somente perguntas. Caso contrário, seriam outra coisa, menos cientistas.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Oswaldo Paulo Forattini: adeus grande mestre

Morreu Oswaldo Paulo Forattini, um dos mais brilhantes intelectuais da saúde pública. Avesso a participação política ou corporativa, atuou como pesquisador, docente e pensador de forma inflexível. O adjetivo severo parece que foi criado para ele. Tive a honra em 1989 em assistir a um dos seus cursos de pós-graduação, onde a quantidade de conceitos discutidos era tal, que nos motivava a estudar e aprofundar os assuntos muito mais do que o solicitado. Há poucos como ele, que afirmava que "vivia para a ciência". Abaixo, o obituário do Boletim Fapesp
Forattini, ex-diretor da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, faleceu na madrugada de sábado (15/9), vítima de insuficiência respiratória. Tinha 83 anos. Epidemiologista reconhecido internacionalmente, foi pioneiro na produção de metodologias de coleta e de identificação de vetores de agentes etiológicos de doenças como dengue, febre amarela, doença de Chagas, encefalite e malária.
Foi fundador da Revista de Saúde Pública e editor da Editora da USP. Entre os prêmios que recebeu estão a Medalha do Centenário do Instituto Oswaldo Cruz, o John Belkin Memorial Award e o Prêmio Jabuti de 1996, pelo livro Culicidologia Médica vol.1 1996.
Formado em 1949 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obteve em 1954 o título de livre-docente junto à Cadeira de Parasitologia da FSP. A carreira de pesquisador começou antes mesmo de terminar o curso de medicina, com a publicação de seu primeiro artigo em 1946.
Na extensa relação de contribuições científicas deixada por Forattini, observa-se forte tendência aos estudos biológicos e ecológicos de artrópodes de interesse médico. Sempre imprimiu a esses trabalhos um sentido dinâmico ao estudo da epidemiologia das doenças endêmicas, identificando relações entre homem-ambiente-artrópode.
Entre as doenças estudadas pelo professor Forattini destacam-se a leishmaniose, a febre amarela, a malária, a tripanossomíase americana e a encefalite por vírus, cujos resultados das pesquisas realizadas e publicadas foram importantes na determinação das principais modalidades de transmissão dessas parasitoses.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Doenças Negligenciadas e Autonomia Farmacêutica

Na revista Nature há artigo de Carlos Morel e José Carvalheiro da FIOCRUZ sobre medicamentos no Brasil. Trata-se de reflexo da encruzilhada que o país se meteu quando por um lado estimulou a pesquisa científica, via fomento e pela pós-graduação e, de outro não permitiu que esse conhecimento se transformasse em inovação. Daí o descompasso entre produção científica e patentes. O nome do artigo é The Road to Recovery. Cópias podem ser fornecidas em Renata.Maia@saude.gov.br

domingo, 16 de setembro de 2007

Chagas: há algo de novo no tratamento e controle?

Há um ano publiquei o post: Doença de Chagas: a negligenciada das doenças negligenciadas. Passou despercebido (ao menos, a esse blogueiro) os esforços para "erradicação" da Doenças de Chagas. Abaixo, reproduzo o texto completo do The Lancet Infectious Diseases. Aguardo ainda, manifestação do Ministério da Saúde e da Schering-Plough para testar o posoconazole, visto os resultados iniciais do Instituto Rene Rachou de Belo Horizonte. Aguarda-se também a conclusão do The BENEFIT Trial: Evaluation of the Use of an Antiparasital Drug (Benznidazole) in the Treatment of Chronic Chagas' Disease idealizado pelo McMaster University com participação de cardiologistas brasileiros. Ilustro essa mensagem com foto pouco conhecida de Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas (Oliveira, MG, 1879- Rio de Janeiro, 1934) em pose de contemplação hipocrática, da menina Rita (fonte: arquivo do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas).


The WHO Global Network for Chagas Elimination was launched in July, 2007, to coordinate global efforts to eliminate this neglected disease in the next 3 years. Jean Jannin, coordinator of the initiative at WHO's neglected tropical diseases unit (Geneva, Switzerland) told TLID that the target date of 2010 is “perhaps optimistic” but he hopes the project will substantially reduce the global burden of Chagas disease.
The disease is caused by infection with the protozoan parasite Trypanosoma cruzi, which passes to human beings via insects of the Triatominae subfamily of predatory assassin bugs. These “kissing bugs” live in cracks in poor housing and emerge at night, biting people near the mouth or eyes. The faeces of triatomes, which can be heavily infected with parasites, are easily ingested or taken in through mucosal surfaces. T cruzi can also be transmitted in blood and organs from infected donors, and may pass across the placenta of infected mothers to the fetus.
Vector-borne transmission is confined to the Americas, mainly rural areas in parts of Mexico, Central America, and South America. During the 1980s, an estimated 25 million people were infected, but control programmes in the past 15 years, including three multinational campaigns, have had impressive results. “Uruguay, Chile, and Brazil have certified the interruption of vector transmission and disease prevalence generally has been reduced”, commented Janis Lazdins-Helds (WHO Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases [
TDR], Geneva, Switzerland). “Estimated case incidence has declined from more than half a million new cases every year to around 50000 and will probably reduce further”, agreed Chris Schofield (London School of Hygiene and Tropical Medicine, London, UK). About 8 million people in Latin America are carriers of the disease.
“Chagas disease cannot be eradicated: a reservoir of infection will always exist in the wild irrespective of human infection, but it is feasible to eliminate if we understand elimination as the interruption of disease transmission”, said Roberto Salvatella (
Pan American Health Organization, Montevideo, Uruguay). Continuing objectives of the WHO programme will be improving case detection and treatment, and keeping tighter control of insect vectors. “Periodic serological screening of schoolchildren is necessary in all endemic areas so that vector control can be targeted effectively”, said Schofield.
Better serological tests are also needed. Lazdins-Helds told TLID: “We still lack adequate confirmatory tests and diagnostics to establish a cure for Chagas disease”. This is a major hurdle because the disease is largely “silent”. Early symptoms can include fever, fatigue, swollen glands, and heart pain, but in many cases there may only be a minor swelling around the insect bite. Years, sometimes decades later, chronic disease with severe cardiopathy can occur, sometimes associated with swelling and disruption in the oesophagus and colon. Around 14000 people die from complications of Chagas disease every year.
According to Lazdins-Helds, “eliminating Chagas disease presents considerable challenges”. Early treatment by one of the two drugs currently available—benznidazole or nifurtimox—can be successful but both have 30–60-day treatment regimens with associated compliance issues. The drugs can also have severe side-effects and might not help with advanced disease. However, he added, “if today's estimated 8 million Chagas disease carriers are not diagnosed, treated, and cured, not only will they continue to suffer, but they can infect others through blood transfusion or by perpetuating congenital transmission”. New treatments are being actively sought and TDR, with the Canadian Institutes of Health Research, is supporting
BENEFIT, a multinational clinical study to investigate whether benznidazole treatment in the chronic phase of Chagas disease can halt or reverse disease progression or eliminate parasitic infection, or both. Results are due in December, 2010.
“The acknowledgment of the globalisation of Chagas disease in non-endemic countries in Europe (Spain, France, UK, Belgium) and North America (USA and Canada) was a another major achievement of our meeting in July”, commented Jannin. Conservative estimates suggest that about 14 million people from Chagas disease endemic countries are living in non-endemic areas.
“Non-endemic Chagas disease is emerging as an important issue”, commented James Diaz (Louisiana State University School of Public Health, New Orleans, LA, USA). Since 2001, five cases of acute Chagas disease following solid organ transplantation have been reported in the USA, of which four were fatal. “More deaths are likely”, predicts Diaz, who says there may now be more than 100000 T cruzi-seropositive people living legally or illegally in the USA having acquired infections as children in Latin America, some of whom will be blood and organ donors. In January, 2007, the US government implemented a programme to screen all blood donors for T cruzi infection. “Other non-endemic countries may need to follow suit”, said Diaz.

sábado, 15 de setembro de 2007

PNAD 2006:Mais uma vez a queda da fecundidade

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2006 revelou que a tendência de redução da taxa de fecundidade (número de filhos por mulheres acima de 15 anos) entre 2005 e 2006 foi observada nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Nas regiões Norte e Centro-Oeste o valor é o mesmo. Importante que a taxa mais elevada - região Norte - é baixa, 2,5 filhos/mulher. Na região mais populosa - Sudeste - o valor de 1,8 está bem abaixo da taxa de reposição. Outros comentários sobre esse tendência estão disponíveis clicando aqui.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Avandia, agora o concorrente é melhor.

A saga da rosiglitazona continua em tela. Mais, uma metanálise publicada - adicionando os dados mais recentes da própria GSK - mostrou novamente aumento do risco de infarto do miocárdio, o artigo está publicado em JAMA. Esse artigo não chega a ter o impacto contra o Avandia, como esse outro publicado na mesma edição de JAMA. Trata-se de outra metanálise,mas com o concorrente, a pioglitazona, onde revela-se que esse medicamento reduz o risco de morte, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O presidente, o futebol e o financiamento da saúde

Não resisto a auto-citação agora que o presidente do Corinthians está próximo da prisão e, comprova-se que o crime organizado associou-se ao futebol desorganizado. Reproduzo abaixo o post de 24 de fevereiro quando o Presidente preferiu encontrar o parceiro da máfia russa a saudar a iniciativa do Instituto de Neurociências de Natal.
Para um Presidente da República que não tem pressa para definir o ministério pouca surpresa na escolha de sua agenda. Ontem, foi a inauguração do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, agora chamado de Lily e Edmond Safra pelo apoio de Lily Safra - proprietária da rede Ponto Frio - ao projeto. O instituto é idealização de Miguel Nicolellis, professor da Duke University, fmuspiano e palmeirense roxo. Sua Excelência, o Presidente da República poderia estar presente em Natal e cumprimentar a iniciativa de Miguel e colegas. Não, preferiu visitar o Corinthians, onde o presidente do clube sem cerimônia pediu 500 milhões para construir um estádio. Esse clube como os demais se apossaram de vários terrenos públicos e, o Corinthians nunca utilizou a propriedade de Itaquera. Além disso os clubes são caloteiros do INSS/FGTS e, estão associados a lavagem de dinheiro nas compras, vendas, recompras e revendas de jogadores. Parabéns a Miguel e colaboradores, que o exemplo de Lily Safra se espalhe e que o Presidente da República escolha melhor suas companhias.
Por falar em futebol, porque a Petrobrás gasta tanto dinheiro com o Flamengo? Não teria melhor retorno se assumisse a gestão de um hospital no Rio de Janeiro? Depois, falam mal do Chaves quando obriga a PDVSA organizar a assistência médica na Venezuela.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Depois da Avandia, a GSK se reestrutura.

A crise deflagrada pela revisão sistemática do Avandia e, a defesa pífia da Glaxo Smith Kline motivou queda do valor das ações e a necessidade de recomposição do capital da empresa.
Leia no The Financial Times como a empresa está se safando das dificuldades. Porém, tenta a todo custo manter a linha OTC (over the counter) que é bem estabelecida no Reino Unido e Estados Unidos e, relativizada no restante do mundo. Aqui, temos o Behind the Counter, isto é medicamento solicitado ao balconista, mas não disponível nas prateleiras.

domingo, 9 de setembro de 2007

Viva o 7 de setembro!! Um blogue com projeto nacional e visão mundial

Há um bom tempo que estou invocado com esse "grito dos excluídos' promovidos pela igreja católica. Por que no 7 de setembro? Por que não no Corpus Christi? Não tenho dúvidas que a igreja não comunga de projeto nacional, simplesmente quer a volta ao tempo onde ela reinava -oops, isso mesmo, saudades do império - absoluta ditando o que deveríamos fazer ou não fazer.
José de Souza Martins, sociólogo e intelectual brilhante, apontou há muito o caráter religioso daquilo que seria a "esquerda brasileira". Não aguento mais a onda revisionista ensinada no ensino médio, onde nada houve de positivo na história brasileira. Por exemplo, não ouse afirmar que a imigração italiana ou japonesa no Brasil foi um sucesso, afinal esses imigrantes de meros camponeses tornaram-se membros da elite econômica, acadêmica e artística em duas gerações. A resposta absurda será que eles - os operários italianos da Mooca e os lavradores japoneses de Mogi - oprimiram "negros e índios" ou que se aliaram à "elite branca". Sucesso é palavra proibida para aqueles que vivem do fracasso. Sim, vivem do fracasso com suas ONGs e igrejas que não pagam impostos e usufruem de vantagens em todas as esferas de governo.
Por isso considero obrigatória a leitura do blog do Alon que traz a imagem do grande brasileiro, José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, o nosso Founding Father.
Em uma edição de Valor Econômico, Antônio Delfim Netto, avaliou-o José Bonifácio como sendo o brasileiro mais importante da história e, lamentou o fato que não consegui a hegemonia política para aplicar o seu plano nacional.
Alon avalia bem a aliança naquilo que ele chama de "ultraesquerda" e a "direita cosmopolita" contrários ambos à segurança nacional. Eu também invisto contra essas duas categorias socio-politico-ideologicas que têm opinião sobre tudo e nenhuma proposta, a não ser a de manter os seus privilégios.
Na área da saúde, a questão é nítida na questão da ciência, tecnologia e inovação. A esquerda inventa mil e um obstáculos para o desenvolvimento científico criticando a base de qualquer estrutura científica: o mérito. Ser competente é um crime na visão desses senhores sempre aboletados em ONGs e assemelhados (muitas com financiamento externo). Qualquer forma de medida de produção é positivista na visão de várias associações de docentes, cuja contribuição mais importante na última década foi a de promover um curso de graduação em greves nas universidades federais. Por outro lado há interferência em pesquisas de ponta com ação e intervenção retrógrada em vários momentos, como no casos das pesquisas genéticas e no caso dos transgênicos.
A direita não admite qualquer crítica à Big Pharma, que para eles são elementos civilizadores da naquilo que eles identificam como sendo a nossa barbárie. Para eles, não cabe a pesquisa no Brasil, afinal nunca conseguiremos superar Estados Unidos e Europa. Qualquer suspiro que represente questionamento da Big Pharma é motivo para mostrar o quanto o oponente é atrasado. Para minha diversão particular e vexame da nossa direita, os ultraesquerdistas The Wall Street Journal e The Economist frequentemente assumem as críticas à Big Pharma. Melhor mesmo é quando as próprias empresas não voltam atrás em decisões que nossos direitistas consideravam como sagradas.
Aliás, não sei não o quanto a ligação não é orgânica entre esses dois entes sociais, aparentemente tão opostos? O resultado é que a Universidade não pode se aproximar da Indústria para termos um parque tecnológico minimanente nacional que nos permita o mínimo de segurança na química fina e nos imunobiológicos.

sábado, 8 de setembro de 2007

Mais dinheiro ou melhor gasto? que tal os dois...

Abaixo, transcrevo parte de artigo excelente (assinante da Folha, clique aqui) de Lígia Bahia e Mário Scheffer sobre a administração dos serviços públicos de saúde. Eles defendem o aumento do orçamento da saúde, mas não deixam de reconhecer sérios problemas gerenciais, cujas origens se encontram no idealismo dos sanitaristas com o "controle social" via os conselhos e conferências e, a manipulação sindical dos funcionalismo da área da saúde. Em suma, há necessidade de mais dinheiro, mas sem uma reforma administrativa radical, o dinheiro continuará ser mal gasto.
As necessidades de saúde dos usuários do SUS nem sempre coincidiram com as hierarquias estabelecidas pelos gestores, intelectuais e movimento sindical da saúde. Talvez seja o momento de os interesses corporativos darem ouvidos a quem mais entende dos problemas intrincados de financiamento e de gestão: a população que depende do SUS, que não agüenta mais ver o acesso negado, a rede pública em penúria, a peregrinação em filas, os prontos-socorros lotados, a precarização do trabalho dos profissionais que atuam nos serviços.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Médicos e Tortura: The Lancet

Biko to Guantanamo: 30 years of medical involvement in torture
David J Nicholl a, Trefor Jenkins b, Steven H Miles c, William Hopkins d, Adnan Siddiqui e and Frank Boulton f, on behalf of 260 other signatories
This week marks the 30th anniversary of the death of anti-apartheid activist Steve Biko while being detained by South African security police. Initially, the Minister of Justice suggested Biko had died of a hunger strike; however, the inquest revealed that he had died of the consequences of head injuries sustained during police interrogation, and identified gross inadequacies in the medical treatment from the two doctors responsible for his care, including the falsification of records. The regulatory authorities failed to take firm action, and it was only grass-roots efforts by doctors that led, almost 8 years later, to Benjamin Tucker being found guilty of improper and disgraceful conduct and being struck off the medical register; Ivor Lang was found guilty of improper conduct and was given a caution and a reprimand.
There are strong parallels between the Biko case and the ongoing role of US military doctors in Guantanamo Bay and the War on Terror. Last year, we suggested that the physicians in Guantanamo force-feeding hunger strikers should be referred to their professional bodies for breaching internationally accepted ethical guidelines. One of us (DJN) lodged formal complaints with the medical boards for Georgia and California as well as pointing out to the American Medical Association (AMA) that the former hospital commander at Guantanamo, John Edmondson, was a member. After 18 months, there had been no reply from the AMA, the Californian authorities stated that they “do not have the jurisdiction to investigate incidents that occurred on a federal facility/military base”, and the authorities in Georgia stated that the “complaint was thoroughly investigated” but “the Board concluded that there was not sufficient evidence to support prosecution”. Yet an analysis of the same affidavit by the Royal College of Physicians concluded that “in England, this would be a criminal act”.
The UK government has refused a request from the British Medical Association for a group of independent doctors to assess the detainees
and, to date, there has been no formal report on the three alleged suicides in Guantanamo that took place in June, 2006.
The resolution of the Biko case was instrumental in the rehabilitation of the South African Medical and Dental Council and the Medical Association of South Africa, which had been subject to boycotts during the apartheid years. The failure of the US regulatory authorities to act is damaging the reputation of US military medicine. No health-care worker in the War on Terror has been charged or convicted of any significant offence despite numerous instances documented including fraudulent record keeping on detainees who have died as a result of failed interrogations.
We suspect that the doctors in Guantanamo and elsewhere have made the same mistake as Tucker who, in 1991, in expressing remorse and seeking reinstatement, said “I had gradually lost the fearless independence…and become too closely identified with the organs of the State, especially the Police force…I have come to realise that a medical practitioner's first responsibility is the wellbeing of his patient, and that a medical practitioner cannot subordinate his patient's interest to extraneous considerations.”
The attitude of the US medical establishment appears to be one of “See no evil, hear no evil, speak no evil”.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Os stents farmacológicos, mais uma vez evidência de risco.

Novamente os stents farmacológicos para o tratamento da doença coronariana. Sempre no mesmo palco, o Congresso Europeu de Cardiologia. Nas próximas semanas choverão desmentidos dos estudos abaixos. Vamos ver como se comportarão as ações da Boston Scientific e da Johnson & Johnson. Aqui no Brasil, a "solução" foi e continuará simples: stents farmacológico para todos e clopidogrel (Plavix) para todos para evitar estenose tardia. Afinal, dinheiro aqui não é problema, é solução. Depende para quem.....
Drug-Coated Stents Are Questioned A WSJ NEWS ROUNDUPSeptember 5, 2007; Page D7
VIENNA -- Patients given drug-coated stents after an acute heart attack are nearly five times as likely to die six months to two years later as those with bare metal forms of the arterial scaffolding, new research showed. The finding, from a two-year analysis of 2,300 patients in 14 countries, fuels the debate over the safety of so-called drug-eluting stents, made by companies such as
Boston Scientific and Johnson & Johnson. Doctors at the European Society of Cardiology meeting said the finding showed the need to be very selective about giving drug stents to the right patients. At the same time, experts emphasized that there were differences among the patients in the study that could have affected the outcome, and that these findings aren't the final word on the safety of drug-coated stents for heart-attack patients. Gabriel Steg of the Hospital Bichat-Claude Bernard in Paris followed the fate of patients who were given stents -- tiny wire-mesh tubes used to prop open clogged heart arteries -- following the most deadly kind of heart attack. For the first six months, those on drug stents did as well as those on bare ones. But after 180 days, the drug-stent patients were 4.7 times as likely to die, with a mortality rate of 8.6%. Dr. Steg said the trend probably reflected the high thrombosis risk in this group of patients. Drug stents are known to carry a small risk of blood clots after the first year, known as "late stent thrombosis." This occurs in less than 1% of patients but kills nearly half of those affected. Dr. Steg said many heart patients with less acute conditions could still benefit from drug stents, which help prevent arteries narrowing again. "I still believe there is room" for drug-eluting stents "in many patients and I disagree with the concept of banning" drug-eluting stents altogether, Dr. Steg said. Drug stents remain controversial in the cardiology community and fears about late stent thrombosis have led to a slump in sales in the past year. Eckhart Fleck, director of cardiology at the German Heart Institute in Berlin and a spokesman for the European Society of Cardiology, said the findings were serious and showed that doctors shouldn't be indiscriminate in use of drug stents. "This study will make doctors less enthusiastic about using drug-eluting stents," said Spencer King, a cardiologist at Fuqua Heart Center in Atlanta and spokesman for the American College of Cardiology. "The concerns about safety may make doctors shy away." Johnson & Johnson said in a statement the results were inconsistent with the findings of other analyses of patient records and with all currently available randomized controlled trials. Boston Scientific, separately, said the lower mortality seen in patients one year after receiving bare-metal stents was atypical when compared with earlier data on the company's Taxus stent. It said a study, which has just completed enrolling 3,000 heart attack patients, is now under way comparing Taxus with bare-metal stents. A Swedish study presented Sunday, involving 35,000 patients, found no overall increased risk for heart patients between drug and bare stents after four years of follow-up -- a reversal of the same researchers' earlier three-year findings that patients with coated stents were more at risk

terça-feira, 4 de setembro de 2007

"Estado deve superar dogmas da esquerda"

Essa é a manchete do Valor Econômico referente à entrevista do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB e neto de Miguel Arraes. Os comentários do governador são perfeitos e, muito semelhantes aos de Cristóvão Buarque há dez anos quando dirigia o Distrito Federal. Destaco somente uma frase: " a esquerda precisa saber que premiar o profissional que mostra resultado é uma necessidade da gestão pública".
O governo Campos já tinha sido destaque aqui por não escamotear a violência em Pernambuco. (alô, governador Aécio, tudo calmo em BeAgá??), agora ele não nega que o estado que dirige é campeão negativo (o termo é do governador) em educação básica e segurança púbica e, detem o vice-campeonato negativo em saúde.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Socialista adora privilégio, neoliberal não sabe quanto custa o almoço

A revista Época dessa semana traz reportagem sobre a assim chamada "crise da saúde'. Hoje, a página eletrônica publica entrevista do Ministro Temporão onde ressalta a necessidade de mudar a gestão hospitalar.(clique aqui). Nessa reportagem há uma intervenção minha, a de que "nenhum país oferece acesso universal à saúde. A sociedade precisa saber o que quer. O sistema público faz de vacinação a transplantes". A reportagem concluiu a seguir: Talvez o Brasil precise de - e esteja disposto a pagar por - tudo isso. Talvez não.
Já vi intelectual de esquerda escrever artigo criticando a pseudo democracia racial e social e, depois solicitar atendimento hospitalar diferenciado (afinal, ficar esperando ao lado de negros e pobres....).Vi também outros que criticam a fúria fiscal, em particular a CPMF, mas exigem que o hospital público supra atenda as necessidades de sua família. Em suma, temos o socialista que ama um privilégio e o neoliberal que não se importa quanto custa o almoço...
Se ao menos "nossa direita" e "nossa esquerda" fossem coerentes....

O aleitamento materno: ainda uma questão nos EUA.

Na semana anterior, houve mais um "acontecimento" na zona leste de São Paulo a favor do aleitamento materno. Confesso que assustei vendo a motoniveladora passando por cima de mamadeiras e latas de leite em pó. Mas, vale pela boa causa que representa. Hoje, The Washington Post noticia a campanha pelo aleitamento materno nos Estados Unidos. A situação lá é pior do que a brasileira, principalmente pela menor cobertura trabalhista no pós-parto.
Abaixo, o comentário de Jacob Goldstein, blogueiro do The Wall Street Journal.
To persuade more women to breastfeed, federal health officials planned an ad campaign featuring stark images and warning that babies who aren’t breastfed are more likely on average to have certain health problems. The baby formula industry hired big-time lobbyists to object, and cold and prickly images .C ongress is investigating the shifting ad campaign as part of its broader look into claims by former surgeon general Richard Carmona that he was sometimes muzzled by the Bush administration. One of the department of Health and Human Services’ stated goals for the decade is to increase the percentage of women who breastfeed their babies; a CDC report earlier this year found that rates are indeed increasing, but are still short of targets set by HHS. The president of the American Academy of Pediatrics, Carden Johnston, was among those approached by industry representatives, who argued that the campaign would needlessly frighten women and make those who were unable to breastfeed feel guilty. Johnston, apparently persuaded by their arguments, said in a letter to the HHS secretary that “we have some concerns about this negative approach and how it will be received by the general public.”
But in a separate letter, the head of the pediatrics group’s breastfeeding section said he had been unaware of Johnston’s letter and didn’t agree with its contents. (The AAP’s strong support of breastfeeding is evident in
this position paper.) “This campaign needed to be much stronger than it was,” he told the Post.

domingo, 2 de setembro de 2007

A leitura de fim de semana: a "crise" da saúde

A leitura da Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo nesse fim de semana permitiu ligar alguns pontos da atual crise da saúde:
1. FSP: O governo federal transferiu R$ 41,8 milhões para ONGs ligadas à CUT e à CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil);
2. FSP:Elio Gáspari: a greve de dois meses nas universidades federais (incluindo hospitais) foi ignorada pelo governo federal;
3. FSP: todos hospitais federais estão com dívidas sérias, à exceção dos hospitais da Universidade Federal de Santa Catarina e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, esse o único federal que não é ligado ao MEC, mas empresa pública onde há o ensino e pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul;
4. OESP: a liberação de R$ 2 bilhões para o Ministério da Saúde não foi confirmada pelo Ministro da Fazenda;
5. OESP: Adib Jatene mostra que o orçamento da Saúde está em queda, não em elevação. Jatene afirma que há "desvios" da destinação do orçamento da saúde para outros setores nas esferas federal e estadual.
Tal como ocorreu na segurança pública, aviação e , agora hospitais o problema está no contigenciamento do orçamento, não na famosa "gestão".
O fato positivo até agora é que o MEC quer se livrar dos hospitais. Aliás, seria bom, que por simetria, o Ministério da Saúde parasse de brincar de ser "escola". Há técnicos e assessores do Ministério da Saúde que negam o conhecimento acadêmico e a universidade. Quem nega a sapiência, não são sábios, mas muito sabidos.