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Sardenberg faz várias afirmativas como inflacionar os tradicionais 800 milhões de dólares para um novo medicamento para um bilhão. Outra afirmativa está foral de local: o custo de marketing no Brasil é muito maior do que o destinado a pesquisa e desenvolvimento.
A grande questão nossa aqui foi que ao introduzir genéricos e, principlamente ao aceitar patentes, não houve exigência de nenhuma contrapartida. Exemplo: deveriámos cobrar 50 centavos de cada medicamento genérico para um fundo de pesquisa e, ao mesmo tempo exigir da Big Pharma a constituição de plantas industriais e tecnológicas no páis. Nada disso foi feito e, hoje estamos sem estrutura de financiamento na área farmacêutica o que está nos levando a um beco sem saída. Afinal, não temos como exigir investimento de quem estamos garantindo patente e, por outro lado, o custo das empresas indianas e chinesas em genéricos inibe a indústria nacional.
Outra questão nossa é viver sempre nos extremos ideológicos de adoração a repúdio ao empreendedorismo e lucro. Sou partidário que é perfeitamente possível conviver com divergências sérias - como a atual com efavirenz - desde que cada setor faça a sua parte. No lado brasileiro, valorizar as suas próprias instituições como agências reguladoras e universidades para que cumpram seu papel de controlar e educar, respectivamente. Atividades que a Big Pharma adora se imiscuir, tal como o jogador que quer apitar o jogo.
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